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As trilhas são aproveitadas nas modalidades de enduro, downhill e cross country

Apesar da maior fama da Ibituruna vir do voo livre, ela também é conhecida no sudeste como o paraíso para esportes de montanha e serve de cenário para várias modalidades de esportes de aventura, dentre eles o mountain bike downhill, o enduro e o cross country. Em Valadares há cerca de 12 grupos de ciclistas e cerca de 200 atletas que utilizam a Ibituruna para praticar uma destas modalidades.

No enduro além do atleta descer de bicicleta a montanha, ele também encara retas e subidas pedalando. Esta modalidade vem crescendo muito no mundo inteiro e em Valadares não tem sido diferente. Uma das explicações para isso, de acordo com o presidente da Associação Ciclística de Valadares, Luís Filho, é a Ibituruna.

“A Ibituruna é propícia ao enduro porque oferece um pacote completo pelas suas trilhas técnicas e naturais. Ela tem trechos com pedras, trechos de mata, descidas íngremes, trilhas rápidas, sem muita intervenção humana. Isso a Ibituruna tem demais”, afirmou.

Um dos grupos que pratica a modalidade no pico é o Enduro GV. Atualmente com 45 integrantes na faixa etária de 18 a 50 anos. As trilhas são geralmente feitas nas manhãs e tardes de sábado ou aos domingos de manhã. No rol de percursos estão: Trilha da Asa Delta (que tem início ao lado da rampa de voo livre, localizada próxima ao bar da rampa no pico), Trilha da Embratel, Trilha do Curral (localizada no terreno atrás do Trilhas Bar, em frente ao Parque Municipal), Trilha do Vale Silvestre, Trilha da Matinha e da Nova América. O fisioterapeuta e empresário Flávio de Souza conta como o grupo ajuda a cuidar da Ibituruna: “Nós também fazemos a manutenção da trilha (limpeza, conserto pós-chuvas, catamos lixo deixado por outros), fazemos obstáculos e dividimos os custos entre nós”, contou.

Nas noites de lua cheia alguns praticantes da modalidade costumam subir de carro a Ibituruna, descer a trilha da Farofa, Matinha, Escolinha, Vilage e Nova América chegando atrás da Ibituruna, onde os carros esperam o grupo.

O downhill é um esporte que consiste em descer de bike uma montanha. Valadares é tida como a “meca” do Mountain bike Downhill. Na Ibituruna existem diversos locais para praticar a modalidade como: Trilha da Asa Delta, a trilha da Embratel, a Trilha do Curral e as trilhas localizadas na parte de trás da montanha, como a Matinha e a Nova América. O esporte é geralmente mais praticado nos fins de semana, principalmente nas tardes de sábado. As trilhas da Asa Delta, da Embratel e do Curral são utilizadas para o treinamento da equipe Downhill Governador Valadares (DHGV). Atualmente a equipe tem 25 membros fixos.

Para praticar downhill é necessário ter uma bicicleta apropriada e usar equipamentos de proteção. Diferente de uma bicicleta de mountain bike comum, a bicicleta de downhill não possui marchas “leves”, que possibilitam subir morros e ainda possui suspensões próprias para a descida.  Então para chegar ao início das trilhas, o praticante precisa de preferência de um transporte motorizado. A sugestão do atleta valadarense de Downhill Daniel Gomes para quem está iniciando no esporte é praticar na Trilha do Curral. “Lá sempre tem gente praticando a modalidade e tem trilhas para diversos níveis de habilidade. Aí conhece o pessoal, vai se enturmando e pegando intimidade com o esporte. Como é localizado em uma altimetria menor, ali é mais viável de subir empurrando. Aí depois que já estiver em um nível mais intermediário, já está apto a descer as trilhas com maior dificuldade e que exigem transporte até o início da trilha”, explicou.

Já na modalidade cross country, os praticantes encaram trilhas longas com muitas subidas e descidas em qualquer tipo de terreno (cascalho, pedras, grama, areia). O estudante do terceiro ano da Escola estadual Quintino Bocaiuva, Raphael Mendes, é o integrante mais novo do grupo de cross country Rennan Quintino Assessoria Esportiva. A turma é pequena, são sete pessoas, na faixa etária de 20 a 38 anos. Eles costumam subir nas manhãs de terças e sábados. O grupo costuma fazer a trilha da Embratel, Trilha do Curral e pegar a estrada principal de acesso a Ibituruna, inclusive à noite. Das três, a preferida do estudante e atleta Raphael Mendes é a do Curral, que ele chama de “pistinha”. “Porque lá dá mais adrenalina de descer em pedras, subir, pular rampas. Chamo de pistinha porque você consegue fazer várias voltas no mesmo lugar, tipo pista de corrida”, explicou.

Para Luis Filho, todos os adeptos dos esportes praticados no pico amam a natureza e, principalmente, nosso maior patrimônio ambiental. “Somos apaixonados pelo pico da Ibituruna. Chegar lá em cima e ver toda a cidade é revigorante para todos os ciclistas, não importa a modalidade”, afirmou Luís Filho.Continue lendo

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Há mais de um ano a população vem vivendo dias difíceis depois da descoberta do primeiro caso de covid-19 no país. Desde então, de acordo com o boletim epidemiológico de Governador Valadares, já foram registradas 1.222 mortes pela doença. Mesmo com a vacinação avançando cada vez mais, a Secretaria de Saúde do Município reforça que os cuidados devem continuar. 

Hoje, os leitos de UTI Covid nos hospitais particulares estão com 81% de taxa de ocupação e no SUS, 74%. No momento, cinco leitos de UTI no Hospital Municipal estão desativados provisoriamente por falta de insumo.

No boletim epidemiológico enviado ontem, foram registradas três mortes por covid-19, sendo duas mulheres, nas faixas etárias de 70 a 79 anos e 50 a 59 anos, além de um homem na faixa etária de 80 a 89 anos. A cidade registrou desde o início da pandemia 27.462 casos confirmados da doença.

Atualmente, 42 duas pessoas estão internadas em um leito de UTI, sendo que 35 delas são casos confirmados e sete casos ainda estão em investigação. Com a chegada da vacina na cidade, 78.420 pessoas já foram imunizadas com a primeira dose e 33.030 já tomaram a segunda dose. Os imunizantes que foram disponibilizados na cidade foram as vacinas da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.

 

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Gasolina e energia elétrica influenciaram no resultado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,83% em junho deste ano. A taxa é superior ao 0,44% de maio deste ano e ao 0,02% de junho de 2022. O dado foi divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 4,13% no ano e de 8,13% em 12 meses. A taxa trimestral do indicador, também chamada de IPCA-E, foi de 1,88%.

Em junho, a inflação foi puxada principalmente pelos transportes, que registraram inflação de 1,35% no mês. A gasolina, com uma alta de preços de 2,86% no mês foi um dos itens que mais influenciou a inflação de junho. Também foi observado aumento de custo de outros combustíveis: gás veicular (12,41%), etanol (9,12%) e óleo diesel (3,53%).

Outra alta importante em junho veio da energia elétrica, que ficou 3,85% mais cara no mês, e levou a inflação do grupo de despesas habitação para 1,67%.

O terceiro impacto mais importante do IPCA-15 de junho veio dos alimentos, que tiveram uma alta de preços de 0,41%. A inflação do grupo foi mais moderada do que no mês anterior (0,48%).

Os demais grupos de despesa tiveram as seguintes taxas: saúde e cuidados pessoais (0,53%), artigos de residência (1,38%), vestuário (0,88%), despesas pessoais (0,32%), comunicação (0,15%) e educação (0,03%). (Fonte: Agência Brasil)

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Uma equipe do Gepar da 5ª Cia Independente da PM apreendeu mais de cinco quilos de drogas, no Buraco Fundo, no bairro Atalaia, em Valadares. A ação ocorreu na manhã desta sexta-feira (25).

De acordo com a PM, os militares receberam informações que havia certa quantidade de drogas estava enterrada em uma área de mata, no Buraco Fundo, no bairro Atalaia.

Então os militares foram até o local e apreenderam um tambor plástico enterrado com 11 tabletes prensados e duas porções de maconha, ou seja um pouco mais de cinco quilos de maconha.

Assim sendo os militares em seguida levaram toda a droga para a delegacia da Polícia Civil.

Fonte: Comando Geral

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O Ministério da Saúde informou que os trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso de passageiros serão contemplados na campanha de vacinação contra covid-19, com as novas doses de imunizantes que estão sendo enviadas a estados e ao Distrito Federal. Ainda serão atendidos os trabalhadores de educação do ensino superior, que também fazem parte dos grupos prioritários da vacinação.

Apesar de esses dois grupos terem sido contemplados só agora no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, em alguns estados e municípios já vinham sendo vacinados por iniciativa das gestões locais, que também têm autonomia sobre seus planos, de acordo com a realidade regional.

De acordo com a pasta, mais 7 milhões de doses serão distribuídas em até 48 horas. “A novidade fica por conta do imunizante da Janssen: o primeiro lote que chegou ao Brasil nesta terça-feira (23), com 1,5 milhão de doses, já começa a ser entregue às unidades federativas. A distribuição também conta com 3,2 milhões de doses do Butantan e outros 2,3 milhões de doses da Pfizer”, explicou.

As novas remessas também são destinadas para vacinação de trabalhadores do ensino básico, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente.

Medidas não farmacológicas

As orientações sobre a vacinação e a divisão das doses por unidade federativa estão no novo informe técnico do Ministério da Saúde, divulgado hoje (23). A estratégia de distribuição é definida em reuniões entre União, estados e municípios, observando as confirmações do cronograma de entregas por parte dos laboratórios.

O documento reforça que, considerando o atual cenário de transmissão comunitária de covid-19 em todo o país, as medidas não farmacológicas de prevenção devem ser mantidas, como uso de máscara, distanciamento social, etiqueta respiratória e higienização das mãos e objetos pessoais.

“Ressalta-se que o impacto esperado das ações de vacinação se inicia após cerca de 30 dias da distribuição da vacina, considerando os tempos operacionais, bem como o tempo necessário para o desenvolvimento da resposta imune. Desta forma, não se pode considerar a vacinação como uma resposta imediata para a contenção da circulação do vírus, sendo uma medida preventiva para redução da ocorrência de casos graves e óbitos a médio e longo prazo”, diz o documento.

Segundo o Ministério da Saúde, até agora, já foram distribuídas mais de 123 milhões de doses de vacinas contra covid-19 dos laboratórios contratados – contando com essa nova pauta de distribuição, a 27ª, serão mais de 129 milhões de doses entregues. Ainda de acordo com a pasta, mais de 90 milhões de doses já foram aplicadas, sendo que mais de 40% da população-alvo de 160 milhões de brasileiros já recebeu a primeira dose da vacina. (Andreia Verdélio/Agência Brasil)

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Para o Hospital Municipal de Governador Valadares serão destinados 330 unidades de propofol e 290 unidades de dexmedetomidina. Já o Hospital Bom Samaritano receberá 90 unidades da dexmedetomidina

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) envia, esta semana, 11.600 medicamentos do kit intubação para 99 unidades de saúde, em 82 cidades. Semanalmente a SES-MG tem disponibilizado os insumos de acordo com monitoramento de estoques periódicos. Os remédios são direcionados a instituições que se encontram com níveis de disponibilidade de medicamentos considerados críticos. De acordo com a relação de distribuição, o Hospital Municipal de Governador Valadares receberá 330 unidades de propofol e 290 unidades de dexmedetomidina, enquanto o Hospital Bom Samaritano terá à disposição 90 unidades da dexmedetomidina.

Os itens estão sendo encaminhados para complementar a sedação dos pacientes em tratamento da covid-19. Os municípios irão receber 7.970 unidades de propofol e 3.630 de dexmedetomidina. Os sedativos são suficientes para atender os pacientes por até cinco dias.

“Os critérios para a distribuição de cada item foram pactuados com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems)”, detalha o diretor de Medicamentos Básicos da SES-MG, Jans Bastos Izidoro.

Ainda de acordo com o diretor, apesar de crítica, a situação dos kits intubação nos hospitais está estável. “Continuamos em alerta e, diante da escassez no mercado de medicamentos, a SES-MG tem buscado aproveitar oportunidades de mercado para que não ocorra falta de sedativos em Minas Gerais”, afirma. 

A SES-MG, juntamente com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), faz o levantamento periódico dos quantitativos dos prestadores e fornecedores de medicamentos e insumos das unidades hospitalares. 

Também é monitorado o abastecimento de fármacos nas redes públicas e privadas de assistência médico-hospitalar, que devem informar regularmente à SES-MG sobre estoques disponíveis de medicamentos e insumos.

O monitoramento é feito a partir da autodeclaração e preenchimento de formulário. Assim que cada remessa chega ao Estado, o resultado do monitoramento semanal é analisado para distribuição aos hospitais em situação mais crítica e conforme disponibilidade do estoque. A sugestão de distribuição é validada junto a uma comissão da SES-MG e do Cosems-MG. 

O monitoramento pode ser acompanhando por meio deste link. (Fonte: Agência Minas)

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Um ciclista, de 15 anos, se feriu após colidir contra um ônibus na rua Rio de Janeiro, no bairro de Lourdes, em Valadares, na noite dessa quarta-feira (23). A vítima não estava na ciclovia. 

De acordo com testemunhas que estavam em outras bicicletas atrás da vítima, o ciclista em alta velocidade não parou no cruzamento, virou à direita, na rua Rio de Janeiro, e não conseguiu se desviar do ônibus, colidindo e caindo no chão. 

Inclusive o ciclista não estava na ciclovia. No entanto não houve nenhum dano aos veículos.

Então o motorista parou imediatamente e socorreu a vítima, que sofreu pequenas escoriações. Em seguida o Samu levou o ciclista para o Hospital Municipal juntamente com sua mãe.  

(Com informações do Comando Geral)

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Representantes do Sicoob Crediriodoce estiveram no Hospital Municipal, no início da semana, para a entrega simbólica de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes contra a covid-19.

Uma outra remessa de medicamentos já havia sido doada ao hospital no mês de maio, totalizando agora 10 mil reais. São corticoides, antibióticos, além de produto específico para higiene oral de pacientes entubados, prevenindo casos de pneumonia em CTI.

A secretária de Saúde da cidade ressaltou a importância de doações como estas, já que vários hospitais estão passando dificuldades para ter alguns medicamentos.

“A gente tem muito que agradecer ao Sicoob Crediriodoce por ter pensado nos nossos pacientes neste momento tão difícil. O Hospital Municipal, como os demais hospitais, está com dificuldade em alguns medicamentos, e esta doação veio na hora certa”, disse a secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali.

O presidente do Sicoob Crediriodoce falou da preocupação da cooperativa com a população valadarense.

“É com imenso prazer que o Sicoob Crediriodoce reforça a preocupação e o zelo com os valadarenses e as milhares de famílias da nossa região que precisam e dependem do atendimento do Hospital Municipal de Valadares”, ressaltou Cantídio Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Crediriodoce.

Participaram da entrega dos medicamentos, o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Crediriodoce, Cantídio Ferreira, juntamente com os diretores executivos, Euler Fernandes Júnior e Silas Dias Costa Júnior, além do diretor técnico do hospital e conselheiro de administração da Crediriodoce, Dr. Marcelo Caldeira Teixeira; a secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, a secretária-adjunta Marcela Fanny; e Nairim Azevedo Gomes, diretora e executiva do hospital.

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Com esta classificação, os estabelecimentos comerciais continuam com determinação de funcionar com até 1/3 da capacidade total

Foi publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na tarde dessa terça-feira (22), mais um relatório que aponta que o município de Governador Valadares continua com o nível de alerta alto contra o coronavírus (covid-19). As informações que legitimam este relatório são referentes aos dados das semanas epidemiológicas 23 e 24, que compreendem de 6 a 19 de junho de 2021.

Neste nível continuam funcionando todas as atividades comerciais, industriais, de saúde e de lazer, respeitando a lotação máxima de 1/3 da capacidade. A exceção são as danceterias, discotecas e casas de shows, que funcionarão apenas no Nível de Alerta Baixo. É importante destacar que os bares mantêm o horário de 22h para fechamento.

A avaliação para a permanência nesta classificação se deu após mais uma avaliação dos seguintes indicadores: incidência diária, taxa de aumento de mortalidade, taxa de transmissão e taxa de ocupação de leitos UTI Covid. Os dados foram analisados e validados pelo comitê, que é composto por um representante do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, do Diretor Executivo do Hospital Municipal (HMGV) e de um representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Assim, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), continua empenhada em articular e realizar ações para mudar este cenário. O objetivo principal é salvar vidas e, aliado a isso, equilibrar saúde e economia.

Os níveis são monitorados desde que a Prefeitura de Valadares adquiriu autonomia para gerir o funcionamento do comércio, e, considerando a criação do Protocolo Sanitário Municipal de enfrentamento à covid-19, foram criados 3 níveis de alerta – Baixo, Médio e Alto -, nos quais são determinados os níveis de restrições e cuidados para o funcionamento das atividades, de acordo com o panorama epidemiológico do município.

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Veto foi publicado na manhã desta quarta-feira (23), mas lideranças mineiras já articulam para reverter a situação

Na última terça-feira (22) a notícia de que a região do Vale do Rio Doce não esperava: o Ministério da Economia recomendou que fosse vetado o Projeto de Lei 148/2017, que inclui Valadares e mais 81 municípios da região na área da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste, a tão sonhada Sudene, dizendo que havia uma inconstitucionalidade no projeto com relação à renúncia fiscal, mesmo diante de outros pareceres favoráveis ao projeto.

O veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) veio na publicação do Diário Oficial da União nº 288, que diz: “Senhor Presidente do Senado Federal, Comunico a Vossa Excelência que, nos termos previstos no § 1º do art. 66 da Constituição, decidi vetar integralmente, por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei Complementar nº 148, de 2017, no Senado Federal (Projeto de Lei Complementar nº 76, de 2007, na Câmara dos Deputados), que “Altera o art. 2º da Lei Complementar nº 125, de 3 de janeiro de 2007, para incluir Municípios dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene)”.

O prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), que está em Brasília acompanhando toda esta situação, explicou que ainda há uma chance para derrubada desse veto. “Realmente essa foi uma notícia que não queríamos ter recebido, mas não vamos desistir. Ainda temos uma chance e estamos aqui articulando junto à bancada mineira na Câmara e no Senado para que consigamos mostrar a necessidade da aprovação do projeto para Minas Gerais. Aguardamos esse projeto há muitos anos e não vamos desistir tão fácil. Ainda tenho confiança de que conseguiremos aprovar esse projeto, por isso continuaremos lutando por Valadares e por Minas Gerais. Vamos aguardar que o presidente envie o veto para o Congresso Nacional, que tem até 30 dias para marcar uma sessão da Câmara e do Senado para a votação e decisão final”, declarou.

É importante lembrar que para a rejeição do veto é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores, ou seja, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores, computados separadamente. Caso registrada uma quantidade inferior de votos pela rejeição em uma das Casas, o veto é mantido.

Confira as justificativas do Ministério da Economia para o veto

Ouvido, o Ministério da Economia manifestou-se pelo veto ao Projeto de Lei Complementar pelas seguintes razões: “A propositura legislativa alteraria o texto do art. 2º da Lei Complementar nº 125, de 3 de janeiro de 2007, para incluir Municípios na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene. Entretanto em que pese meritória a intenção do legislador, a propositura legislativa incorre em vício de inconstitucionalidade e contraria interesse público, pois acarretaria aumento de despesas primárias ao ampliar a área de atuação da referida Superintendência sem apresentar a estimativa do impacto orçamentário-financeiro e a memória de cálculo utilizada para a previsão das despesas a serem geradas com a inclusão de mais de oitenta Municípios àquela área, além de não demonstrar a existência de compatibilidade com o Novo Regime Fiscal (introduzido pela Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016), o que implicaria a violação ao disposto nos art. 15 e art. 16 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e no art. 125 da Lei nº 14.116, de 31 de dezembro de 2020 – Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021.

A medida implicaria, ademais, em ampliação de benefícios tributários que são concedidos às pessoas jurídicas dos Municípios que compõem a área de atuação da Sudene, a exemplo da possibilidade de a pessoa jurídica reinvestir quarenta por cento do valor do imposto sobre a renda devido, acrescido de cinquenta por cento de recursos próprios, prevista no art. 19 da Lei nº 8.167, de 16 de janeiro de 1991, e do direito de reduzir setenta e cinco por cento do valor do imposto sobre a renda devido, previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, com o consequente aumento de renúncia de receitas, em desconformidade com o disposto no art. 4º da Emenda Constitucional nº 109, de 15 de março de 2021. Assim, por não ter apresentado a estimativa da renúncia para o ano em curso e para os dois anos subsequentes, além da estimativa de receita constante da Lei Orçamentária Anual, na forma prevista no art. 12 da Lei Complementar nº 101, de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e por não ter apresentado as medidas compensatórias necessárias, nem a cláusula de vigência de, no máximo, cinco anos, relativa ao benefício a ser concedido, a propositura legislativa implicaria a violação ao disposto no art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e nos art. 125, art. 126 e art. 137 da Lei nº 14.116, de 2020 – Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021.”

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